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A perspectiva de um estudante de RP


Primeiramente eu preciso dizer que, até os meus 16 anos (quando estava no 3º ano do Ensino Médio) eu não conhecia a profissão Relações Públicas. Nunca tinha ouvido falar. E estava bastante na dúvida sobre o que fazer do meu futuro, pois cheguei no meu ano de vestibular sem saber qual carreira seguir. Até que uma amiga minha, que me conhecia desde pequena, falou “Yas, por que você não faz Relações Públicas?” e eu, bem perdida, perguntei o que era. Recebi a resposta de que “Ah! Você vai trabalhar fazendo evento, festinha, é bem legal!” e foi por isso que entrei para o curso, por causa das festinhas!


Aos poucos, depois que comecei a faculdade, fui conhecendo cada vez mais esse universo tão vasto que é a área de RP. E hoje, no meu 6º período, sinto que ainda há muito para conhecer. Fui me apaixonando pelas diversas possibilidades, muito além da área de eventos, e pretendo cada vez mais expandir meus horizontes no que diz respeito à trilha que seguirei.


Um dos principais desafios da profissão que eu enxergo hoje, como estudante e estagiária, é a falta de responsabilidade dos empregadores na hora de contratar um profissional de Relações Públicas. O que eu mais vejo na busca por um estágio são vagas que, lendo as especificações, atividades, etc, são todas de RP, mas anunciadas como vagas para estudantes de Comunicação, daí incluindo jornalismo, publicidade propaganda, etc. Ou seja, eu vejo o profissional de RP, mesmo sendo o mais multifacetado na área de Comunicação, sendo também o mais desvalorizado, quando na verdade deveria ser o contrário.


Nossa profissão é a mais completa na área da Comunicação. Isso porque, quando na faculdade, aprendemos um pouco de tudo. Um pouco de Jornalismo, um pouco de Publicidade e Propaganda, um pouco de Rádio e de Marketing. Então por que, de todas essas citadas, a Relações Públicas é a profissão que cada vez mais vem perdendo seu espaço no mercado?


Confesso que essa questão me desestimula um pouco. A área da Comunicação já é bastante cheia, encontrar ainda essas dificuldades no mercado é ruim. É ruim para quem já está dentro e ruim para quem quer entrar, quem tem interesse na profissão de RP, mas vê esse tipo de coisa acontecendo. Desestimula. Mas eu mudei bastante essa visão depois que conheci o Conrerp1.


Meu primeiro contato com o Conselho foi através do programa Sementes de RP, no qual eles foram na Faculdade Facha, onde estudo, com a proposta de ajudar os estudantes de RP a se inserirem no mercado, a ter esse primeiro contato. Eu, como ainda não tinha feito nenhum estágio e precisava completar minhas horas obrigatórias, nem pensei duas vezes. O programa tinha a proposta de estagiarmos com as empresas parceiras e com o próprio Conrerp1, que foi o meu caso. Iniciei meu estágio em fevereiro de 2020 e estou amando, aprendendo cada vez mais. Ter esse contato com o Conrerp1 me ensinou o que é ter amor à profissão. Ver tantos RPs unidos em prol da nossa profissão, ver todo o empenho, fez com que eu ratificasse o porquê de amar tanto as Relações Públicas, e com todos os empecilhos do mercado vale a pena lutar pela mudança desse cenário, lutar pelo que é nosso, pelo nosso espaço.


SOBRE

Yasmin Araújo é estudante de Relações Públicas da FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso) e estagiária voluntária do programa Sementes de Relações Públicas do Conrerp1.

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